O Grupo de Ações Especiais (GAES) da Polícia Penal completa, neste sábado (8), 15 anos de existência. Criado em 2010, o GAES é referência em intervenção prisional no país e é o grupo tático de elite do sistema prisional gaúcho. Nos últimos anos, vem recebendo recursos e modernizando sua estrutura e atuações.

A unidade especializada é responsável por operações de alta complexidade e risco, incluindo a gestão de crises com ou sem reféns, recaptura de presos foragidos e outras operações de elevado nível de conhecimento técnico e tático. Além disso, o grupo tem atuado no cumprimento de mandados de prisão de pessoas com monitoração eletrônica e exerceu, também, importante missão durante as enchentes de 2024, com o salvamento e resgate de vítimas e, principalmente, o auxílio na garantia da segurança nas unidades prisionais de Charqueadas.

Ao longo destes 15 anos, o GAES já realizou inúmeras operações nas unidades prisionais. Só em 2024, o grupo foi responsável por 118 revistas gerais em unidades prisionais do Rio Grande do Sul.

O superintendente da Polícia Penal, Mateus Schwartz, celebrou o aniversário da unidade e reforçou a sua importância para o sistema prisional gaúcho. "O GAES é motivo de orgulho para a Polícia Penal e para todo o Rio Grande do Sul. A excelência é provada em toda operação que faz, garantindo a estabilidade dos nossos estabelecimentos prisionais. Temos feito investimentos importantes em estrutura física, como a nova sede que inauguramos, e equipamentos, com a aquisição de novos armamentos, equipamentos táticos e novas viaturas, e seguiremos qualificando ainda mais o nosso grupo de elite”, falou.

Durante anos, o GAES aguardou por um sede maior e mais ampla, o que foi efetivado no ano de 2023. O novo espaço foi inaugurado em Porto Alegre e contempla áreas administrativas e para treinamentos, vestiários e salas para a preparação dos operacionais.

Em maio de 2024, o GAES também foi afetado pelas enchentes que atingiram o estado, o que prejudicou a estrutura da sede e parte dos seus veículos, e agora passa pelo processo de reconstrução. No entanto, isso não diminuiu a capacidade de atuação do grupo, em virtude da dedicação e empenho de cada operacional.

Para o coordenador do GAES, Juliano Moro, a marca é especial. “Quero parabenizar todos os integrantes do GAES pelo compromisso, pela dedicação e o profissionalismo com que desempenham suas funções. São a força motriz que garante o êxito em cada missão, demonstrando excelência e comprometimento em cada ação”. Ele destaca, ainda, que o grupo representa o último recurso da Polícia Penal em suas operações e, por isso, cada componente deve estar sempre preparado física, mental e tecnicamente. “Continuaremos mantendo o alto padrão que nos representa e assegura o sucesso das nossas missões”, concluiu.

Uma das marcas do grupo é a relação com outras instituições de segurança pública. São inúmeros os cursos que o GAES participa ou que os próprios operacionais da Polícia Penal promovem para policiais de outras forças. Isso é parte de um esforço cotidiano para o intercâmbio de técnicas e informações que qualifiquem e ampliem a gama de ações promovidas pelo grupo durante suas intervenções no sistema prisional.

Nessa década e meia, os operacionais do GAES já vestiram farda preta, verde e agora trajam um camuflado digital cinza, que faz parte, também, desse processo de modernização do grupamento. Houve um significativo investimento no grupo, que passou pela aquisição de veículos semiblindados e armamentos de grosso calibre e de precisão e ampliação dos dispositivos menos letais, como os espargidores e os eletro incapacitantes. Em 2024, eles receberam os coturnos personalizados da Polícia Penal.

Para ingressar no grupo, o servidor interessado precisa passar por um criterioso processo de seleção, que vai desde etapas como entrevistas, análise de currículo e avaliação psicológica e física até a realização do Curso de Operações Prisionais Especiais (COPE), que já teve seis edições, sendo a última em 2024. Após aprovado em todas as etapas, o policial ainda passa pelo processo de estágio dentro do grupo para, em seguida, ser integrado de forma definitiva.

Texto: Jonathan Silva/Polícia Penal