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Unidades prisionais gaúchas promovem formaturas dos ensinos Fundamental e Médio

Estado segue investindo na educação no sistema prisional como forma de ressocialização

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Formaturas marcaram o fim do semestre letivo dos NEEJAs para 70 apenados - Foto: Rodrigo Borba/Ascom Polícia Penal
Por Lucille Soares/Polícia Penal

Pessoas privadas de liberdade de três unidades prisionais do Estado - Penitenciária Estadual de Porto Alegre (Pepoa), Presídio Estadual Feminino de Torres (PEFT) e Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba (PEFG) - concluíram nesta semana uma importante etapa da educação formal. As cerimônias de formatura marcaram o fim do semestre letivo dos Núcleos Estaduais de Educação de Jovens e Adultos (NEEJAs) para 70 apenados, sendo 48 no Ensino Fundamental e 22, no Médio.

Na Pepoa, onde 26 apenados concluíram o primeiro ciclo da educação básica e 12, o segundo, a diretora adjunta Maria Clara Oliveira de Matos, exaltou os resultados positivos do NEEJA Desembargador Alaor Antônio Terra. “Foram 32% de alunos aprovados para o Ensino Médio”, celebra.

Muitos desses apenados pretendem dar continuidade aos estudos. “É preciso agradecer aos professores, que estão sempre presentes, nos incentivam e ajudam bastante. Pretendo continuar para poder concluir meus estudos aqui”, ressalta Pedro*, formando da Pepoa que irá cursar o Ensino Médio no próximo semestre.

Na PEFT, oito apenadas concluíram o Ensino Fundamental e 10, o Médio. Já na PEFG, 14 mulheres privadas de liberdade concluíram o Fundamental pelo NEEJA Érico Veríssimo.

“Por muitas vezes vocês falaram em desistir, mas se estão aqui hoje é porque dentro de cada uma teve a vontade da mudança e da superação. E como é gratificante presenciar mulheres se tornando mais confiantes do seu papel na sociedade”, destaca a professora do NEEJA Novos Ventos, na PEFT, Carla Porto.

A diretora do Departamento de Tratamento Penal (DTP), Rita Leonardi, afirma que as formaturas realizadas nesta semana representam não só a conclusão de uma etapa escolar, mas são símbolos de esperança e transformação. “A educação no sistema prisional é uma das ferramentas mais poderosas para a ressocialização, pois amplia horizontes e devolve a dignidade. O DTP seguirá investindo em oportunidades que promovam cidadania e inclusão”, afirma. 

Atualmente, 29 NEEJAs organizados pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) funcionam dentro dos estabelecimentos prisionais e oferecem educação formal a pessoas privadas de liberdade. Ao todo, são 266 salas de aula, 424 professores e 7.811 vagas autorizadas nas unidades penitenciárias gaúchas.

*Nome fictício para preservar a identidade da pessoa privada de liberdade.

 

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