Apenados do sistema prisional contribuem para a abertura do Centro Humanitário de Acolhimento Recomeço
Atividade envolveu 50 presos do regime semiaberto das 1ª, 9ª e 10ª regiões, supervisionados por oito servidores penitenciários
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Por cerca de uma semana, apenados do sistema prisional do regime semiaberto trabalharam na organização e na limpeza para a inauguração do Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) Recomeço, em Canoas, que acolherá mais de 600 pessoas atingidas pelas enchentes. No total, foram 50 pessoas privadas de liberdade das 1ª, 9ª e 10ª regiões penitenciárias, supervisionadas por oito servidores penitenciários.
A inauguração, que aconteceu na manhã da última quinta-feira (04) passou a disponibilizar um espaço planejado para garantir atendimento humanizado a famílias que perderam suas casas nas enchentes de abril e maio no Rio Grande do Sul. No total, são 26 casas modulares, integradas com uma estrutura de convivência que contempla banheiros, refeitório, lavanderia coletiva, berçário, fraldário, posto médico, policiamento 24h, ambientes multiuso e espaços para crianças e para animais de estimação.
A Polícia Penal tem uma tradição de colaboração com a sociedade gaúcha, tanto de parte seus servidores, como em campanhas de arrecadação de alimentos, de doação de sangue e outras, como de sua população privada de liberdade, que, com seu trabalho, se sentem valorizados, cumprindo uma função social, ao mesmo tempo em têm abreviado o tempo que falta para a liberdade, ao receberem redução de pena (remição) proporcional à(s) tarefa(s) realizada(s).
Desde o início das enchentes que assolam o Estado, a Polícia Penal está mobilizada em diversas frentes para auxiliar a população gaúcha atingida. As pessoas privadas de liberdade já produziram camas, berços, armários, rodos, sabão ecológico e itens para animais. A mão de obra prisional também atua na confecção de roupas, na fabricação de pães e bolos, além de limpeza de escolas e outros espaços públicos.