Dez servidores penitenciários concluem curso para integrar o Grupo de Ações Especiais da Polícia Penal
A formatura do curso foi realizada na Cadeia Pública de Porto Alegre com o prestígio dos familiares
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Na tarde da última segunda-feira (17), a Polícia Penal realizou a formatura do VI Curso de Operações Prisionais Especiais (Cope). Dez servidores penitenciários concluíram o curso que é etapa obrigatória para ingresso no Grupo de Ações Especiais (Gaes). O evento ocorreu no auditório da Cadeia Pública de Porto Alegre (CPPA).
O curso contou com aulas nos turnos da manhã, tarde e noite, com um total de 400 horas. Os formandos ainda passarão por um estágio probatório de seis meses de adaptação às atividades, cujo término culmina com o recebimento do seu número operacional.
Durante o treinamento, os alunos tiveram instruções voltadas para o ambiente prisional intra e extramuros, que envolvem defesa pessoal, imobilizações, uso de algemas, técnicas de retenção, contrarretenção e uso da arma de fogo. Também contaram com disciplinas de salvamento aquático, atendimento pré-hospitalar, abordagens, técnicas avançadas de escoltas de altíssimo risco, intervenções táticas em galerias e pátios, visando a estabelecimentos prisionais gaúchos, legislações específicas e direitos humanos.
O participantes do VI Cope receberam instruções de servidores da Polícia Penal, além de integrantes da Polícia Rodoviária Federal, do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal, do Batalhão de Busca e Salvamento dos Bombeiros Militares do Rio Grande do Sul, da Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo e da Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba.
Para o secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo, Luiz Henrique Viana, “esse grupo, assim como cada servidor da Polícia Penal dentro de sua atribuição, busca no exercício da profissão a excelência do sistema prisional gaúcho. Parabenizo a todos que se dedicaram a esta formação, que vem para fortalecer a instituição, e ampliar a capacidade de gestão e controle das unidades prisionais no Estado”.
Já o superintendente da Polícia Penal, Mateus Schwartz, parabenizou os formandos e ressaltou as diversas fases do treinamento, importantes para se ingressar no grupo tático da Polícia Penal. "As etapas são criteriosas, os agentes passam por uma rigorosa seleção para que tenhamos aqui os melhores. O intenso período de treinamento os leva para a excelência na intervenção prisional e a certeza de que temos um dos mais capacitados grupos táticos do país."
Nesta edição, o Cope contou com 88 inscritos, sendo 24 aprovados após as fases eliminatórias de aptidões física e psicológica e de entrevista individual. Os novos habilitados iniciaram o curso no dia 11 de abril e, ao final, dez conseguiram concluir a formação, conquistando o brevê de operações especiais.
Para o coordenador do Gaes, o Curso de Operações Prisionais Especiais é uma etapa desafiadora, mas necessária para os futuros integrantes. "Foram mais de 400 horas de instruções em diversas disciplinas teóricas, práticas e operações reais, a fim de pôr à prova o conhecimento absorvido no curso, bem como a capacidade física, psicológica, técnica e tática dos operadores".
O Grupo de Ações Especiais é o grupo tático de elite da Polícia Penal e responsável pela realização de escoltas de presos de altíssimo risco e pela intervenção tática prisional, especialmente em situações de motim, rebelião, negociação de crise, com ou sem reféns, dentre outras.