A Penitenciária Modulada Estadual de Osório (PMEO) realizou, na manhã da última sexta-feira (20), a abertura do Projeto Padaria Solidária, curso oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) através do Programa de Capacitação Profissional e Implementação de Oficinas Permanentes (Procap). 

A formação, que teve carga horária de 160 horas entre aulas práticas e teóricas, teve como objetivo capacitar os apenados, visando oportunidades de geração de renda quando em liberdade. Além de oportunizar vagas de trabalho quando em cumprimento de pena. 

A abertura do evento foi realizada pelo diretor da PMEO, Carlos da Silva Marques, que destacou a realização do projeto para viabilizar o trabalho prisional, proporcionando às pessoas privadas de liberdade a profissionalização. A segunda fala ficou por conta da diretora adjunta da casa prisional, Gabriela Soares Ávila, que destacou a apresentação do trabalho prisional produzido pelos apenados do regime fechado e a importância da criação do projeto na capacitação das pessoas privadas de liberdade na busca de profissionalização, ressocialização e um lugar no mercado de trabalho.

Já a psicóloga Kayna Veloso destacou a importância do Procap, que visa ao ingresso ou ao aperfeiçoamento dos jovens e adultos privados de liberdade para o mundo do trabalho, bem como à sua participação em processos de geração de oportunidade de trabalho e renda, além de proporcionar a reintegração social. Além de destacar os benefícios do trabalho prisional e dos Termos de Cooperação, que possibilitam oferecer trabalho remunerado aos apenados. 

Logo em seguida, a técnica superior penitenciária psicóloga Juliana Plates explanou brevemente sobre o funcionamento do semiaberto, regime que é mais brando e que busca a aproximação das pessoas privadas de liberdades, fala que foi complementada pelo chefe do semiaberto da unidade prisional, Ezequiel Rodrigues,  que afirmou que em casos de trabalho e estudo, os apenados são autorizados a sair durante o dia, retornando à noite, cumprindo o horário determinado. 

Por fim, no fechamento da apresentação, os policiais penais Carlos Odilon e Kadija Taha, do Instituto Penal de Monitoramento Eletrônico (IPME-1), realizaram uma demonstração do funcionamento do monitoramento no estabelecimento prisional.

A superintendente adjunta da Policia Penal, Deisy Vergara,  ressaltou a realização do projeto e o trabalho realizado na casa prisional: “ o sistema prisional tem um vasto campo, que pode ser bem explorado e trazer benefícios tanto para nós, servidores, como para as pessoas privadas de liberdade e também para a comunidade, que conseguem aproveitar o que o sistema prisional tem a oferecer”.

Para a chefe da Divisão do Trabalho Prisional do Departamento de Tratamento Penal da Susepe, Fernanda Dias, “iniciativas como esta oportunizam a ampla divulgação do trabalho prisional e ilustram a multiplicidade de possibilidades relativas à utilização de mão de obra prisional, levando a conhecimento da comunidade em geral as possibilidades de sua utilização”.

O uso de imagem foi autorizado pelo apenado.

Texto: Lilian Mendes/Ascom Polícia Penal